Durante um ataque noturno contra Kiev, a Ucrânia afirmou ter derrubado seis mísseis hipersônicos russos Kinzhal, nove mísseis de cruzeiro Kalibr disparados de navios no Mar Negro e três mísseis de curto alcance lançados da terra. O prefeito da cidade, Vitali Klitschko, relatou que o ataque deixou pelo menos três feridos e as autoridades classificaram o evento como “excepcional”. O ministro da Defesa, Oleksiy Reznikov, comemorou no Twitter, descrevendo o sucesso da Força Aérea ucraniana em derrubar seis mísseis hipersônicos Kinzhal e outros 12 mísseis.
Uma semana antes, a Ucrânia havia anunciado a derrubada bem-sucedida de um míssil hipersônico Kinzhal, utilizando sistemas fornecidos pelos Estados Unidos. Em abril, os primeiros sistemas de defesa antiaérea Patriot, considerados avançados, foram entregues a Kiev. No entanto, as autoridades ucranianas não revelaram se esses sistemas foram utilizados para derrubar os mísseis Kinzhal nos ataques recentes. Os mísseis Kinzhal, apresentados pelo presidente russo Vladimir Putin em 2018, são conhecidos por serem mais difíceis de serem interceptados do que outros tipos de projéteis. Putin considera o Kinzhal uma “arma ideal” devido à sua dificuldade de interceptação.
Enquanto a Ucrânia fazia alegações sobre a derrubada dos mísseis, a Rússia afirmou que os bombardeios bem-sucedidos visavam destruir o sistema de defesa aérea Patriot. Nos últimos meses, a Ucrânia tem anunciado uma contraofensiva para recuperar os territórios conquistados pela Rússia, porém, a situação é incerta e os combates e declarações continuam. Atualmente, a cidade de Bakhmut é o epicentro do conflito. Na segunda-feira, o exército ucraniano celebrou o “primeiro sucesso” de sua ofensiva nas proximidades da cidade. As expectativas em torno da contraofensiva de primavera da Ucrânia estão aumentando, mas o presidente Volodymyr Zelensky afirmou que o exército do país precisava de mais tempo para iniciar o projeto.
Por outro lado, a Rússia alega avanços em Bakhmut, controlando a maior parte da cidade. No entanto, há semanas as forças russas têm adotado uma estratégia defensiva, com uma defesa que se estende por mais de 800 quilômetros, incluindo três linhas de profundidade e um grande número de soldados para mantê-las, além de valas antitanque, cercas, defesas pré-fabricadas como os chamados “dentes de dragão” (pequenas pirâmides de concreto antitanques) e trincheiras para os soldados. Portanto, uma contraofensiva será altamente mortal e custosa em termos de equipamentos para o Exército ucraniano.
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