Executivos de mais de dez setores contaram à Staufen quais seus desafios no curto e médio prazo para atravessar a crise causada pelo novo coronavírus e retomar o crescimento nos próximos meses
Os desafios não são poucos. Conversamos durante o mês de julho com mais de 20 executivos de grandes empresas, líderes em seus segmentos, da indústria e de serviços. De maneira geral, todos convergem em um ponto: os novos modelos de consumo já estão impactando fortemente o mercado, tanto para cima como para baixo, trazendo à tona sobretudo a necessidade de revisão de portifólio de produtos e serviços com foco em inovação, redução dos altos custos fixos e readequação da cadeia de fornecedores.
Um cenário de crise é sempre marcado pela incerteza. Para muitos dos executivos da indústria ouvidos pela Staufen, a falta de previsibilidade e o dimensionamento de recursos estão entre os grandes desafios dos próximos meses. Já para serviços, as restrições de mobilidade são de longe o grande entrave. Entretanto, seja na fábrica ou nas áreas administrativas, é um consenso entre os executivos que o momento é de busca pela excelência operacional: se antes os desperdícios já não deveriam ser tolerados, agora, mais do que nunca, é preciso combatê-los.
Um dos setores que mais tem sofrido as consequências da crise, a indústria automotiva amarga uma queda de faturamento de mais de 40%, enquanto o setor de peças de reposição reage melhor. A expectativa dos executivos entrevistados, no entanto, é de recuperação gradativa nos próximos 12 meses.
Em se tratando de recuperação, este é aliás o prazo médio estabelecido pelos executivos, que veem a vacina como a grande possibilidade de uma aceleração da economia já no primeiro semestre de 2021, com a retomada da mobilidade e da confiança do mercado. No curto e médio prazo, a maioria dos executivos é otimista e, ao mesmo tempo, conservadora. Eles acreditam que manter a empresa enxuta e com foco na melhoria de seus processos é o caminho para atravessar a crise, desde que as ações tomadas sejam baseadas em elementos racionais e não pela emoção, que em momentos como este costuma falar mais alto. Ainda assim, apesar de quase todos os executivos concordarem que o fluxo de caixa não é uma preocupação no momento, a baixa demanda em muitos setores tem comprometido o backlog e, consequentemente, o resultado dos próximos meses.
Luciana Barrros
Marketing & Academy Manager
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