Em meio as constantes ameaças do presidente russo Vladimir Putin, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) iniciou nesta segunda-feira, 17, seus exercícios regulares de dissuasão nuclear. A aliança militar insistiu que se trata de um “treinamento recorrente e rotineiro”, que durará até 30 de outubro, e que havia sido planejado antes de Moscou invadir a Ucrânia em fevereiro, portanto, não está relacionado à situação atual. Essa não é a primeira vez que esses treinamentos são realizados, porém, é a primeira em que é feito em meio a um conflito ativo no continente. O exercício inclui bombardeiros de longo alcance B-52. No total, cerca de 60 aeronaves realizarão voos de treinamento sobre a Bélgica, o Reino Unido e o Mar do Norte. Apesar de informar que não foi detectado nenhuma mudança na postura nuclear da Rússia e das ameaças de Putin, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, rejeitou qualquer pedido de cancelamento do Steadfast Noon depois que o presidente russo, Vladimir Putin, intensificou sua retórica nuclear. “Seria um sinal muito errado se de repente cancelássemos um exercício de rotina planejado há muito tempo devido à guerra na Ucrânia“, disse Stoltenberg na semana passada. Não é só a aliança que está se protegendo. A Rússia também tem realizado exercícios desde as vésperas da invasão. Putin testa seus armamentos e já chegou a informar que eles são os mais poderosos e não há arma no mundo pária para um de seus mísseis. A ameça de uso de arma nuclear se intensificou após a Ucrânia começar a reconquistar territórios e ter uma leve vantagem na guerra diante das derrotas do Kremlin. Com a anexação de quatro territórios ucranianos, os riscos do uso armas nucleares ficou ainda maior, já que Putin informou que vai fazer de tudo para proteger os seus territórios. Na semana passada, em resposta ao chefe da União Europeia, o russo disse que um confronto nuclear seria uma catástrofe global e voltou a alertar seus inimigos. O chefe da diplomacia da União Europeia havia dito na quinta-feira, 13, que “qualquer ataque nuclear contra a Ucrânia vai gerar uma resposta; não será uma resposta nuclear, mas será tão forte do ponto de vista militar que o exército russo ficará aniquilado”. Em resposta, Putin afirmou que uma guerra com a Otan seria uma catástrofe global. “Eu espero que esses que estão dizendo isso sejam espertos o suficiente para não dar tais passos”, afirmou, citando o risco de “catástrofe global” de um embate atômico.
fonte Jovem Pan
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