A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta após registrar um aumento de casos da tuberculose no mundo. No ano passado, 1,6 milhão de pessoas morreram da doença no ano passado, segundo estimou a entidade. Foram 200 mil pessoas a mais do que foi registrado há dois anos. O relatório anual da entidade aponta que 10,6 milhões de pessoas foram infectadas pela doença em 2021, um aumento de 4,5% em um ano. O número de mortes registradas pela doença em 2021 é 14% em relação a 2019, quando a tuberculose tirou a vida de 1,4 milhão de pessoas. Em 2020, foram 1,5 milhão de mortos. Segundo a OMS, a pandemia da Covid-19 limitou os testes e o acesso aos cuidados. A taxa de incidência subiu 3,6% entre 2020 e 2021, após a diminuição de cerca de 2% ao ano durante boa parte das duas últimas décadas. O aumento ocorreu em todo o mundo, exceto na África. Por conta das interrupções nos serviços de saúde, devido à Covid-19, houve um impacto menor no número de pessoas diagnosticadas nesta região. Quatro países apresentaram índices altos de vítimas da doença: Índia, Indonésia, Birmânia e Filipinas. Além disso, 450 mil novos casos da tuberculose resistente a medicamentos foram contabilizadas em 2021, o que corresponde a um aumento de 3%. “É a primeira vez em muitos anos que é relatado um aumento no número de pessoas doentes com tuberculose e tuberculose resistente a medicamentos”, disse a OMS. O aumento indica risco em relação a meta estabelecida pela entidade. O objetivo é reduzir as mortes pela doença em 90% e a taxa de incidência em 80% até 2030. Apesar do risco, a OMS mantém o otimismo. Se a pandemia nos ensinou alguma coisa, é que com solidariedade, determinação, inovação e o uso equitativo das ferramentas, podemos superar graves ameaças à saúde. Vamos aplicar essas lições à tuberculose. É hora de acabar com essa doença que vem matando há muito tempo. Trabalhando juntos, podemos acabar com a tuberculose”, afirmou o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. A guerra na Ucrânia e outros conflitos em andamento no mundo, a crise energética e os riscos á segurança alimentar podem “agravar ainda mais alguns dos determinantes da tuberculose, como níveis de renda e desnutrição”. Em 2019, a doença foi a 13ª causa de mortes no mundo. O relatório mostra que a tuberculose mostra que em 2020, a doença esteve à frente da Aids. As contaminações ocorreram, em sua grande maioria, no Sudeste Asiático (45%), África (23%) e região do Pacífico Ocidental (18%). Mais de dois terços dos casos são apresentados por oito países: Índia, Indonésia, China, Filipinas, Paquistão, Nigéria, Bangladesh e República Democrática do Congo.
fonte Jovem Pan