O Produto Interno Bruto (PIB) é um dos principais termômetros para medir o desempenho da economia, ou seja, quanto mais alto, maior foi a geração de riquezas de um país, Estado ou município em um determinado espaço de tempo. O PIB é divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a cada três meses, correspondendo sempre ao trimestre imediatamente anterior à data de divulgação. O indicador leva em consideração todos os produtos e serviços finais produzidos, e no caso brasileiro ele é dividido entre a prestação de serviços, a atividade agrícola e a produção industrial. Quando o resultado de um período vem acima do outro, seja na comparação anual ou imediatamente anterior, quer dizer que a atividade econômica melhorou. PIB próximo de zero indica que a situação não teve grandes mudanças. Já o PIB negativo mostra que a situação econômica está pior, o que refletiu na diminuição do consumo de produtos e serviços.
O cálculo do PIB é feito com números de outros levantamentos do IBGE, como a produção industrial, variação do orçamento familiar, volume do comércio, inflação, além dados do governo federal, Banco Central, entre outras fontes. Entram nas contas do IBGE a quantidade de produtos vendidos no país, o volume da prestação de serviços, os investimentos que as empresas fizeram e os gastos do governo. Como só são incluídos os resultados finais, não há como o cálculo vir distorcido por duplicidades com o acúmulo de gastos em diferentes fases de produção de um determinado produto. É com os dados do PIB — além de outros indicadores econômicos, como a taxa de desemprego — que são feitas análises e comparações entre determinadas regiões ou recortes históricos. A partir da divulgação do IBGE, é possível montar uma linha com o desempenho econômico do país ano após ano, ou trimestre após trimestre, e mesmo década após década. Os dados do PIB também são usados para comparações entre regiões diferentes, indicando onde a geração de riqueza é mais aquecida e quais razões levaram a isso.
Apesar de ser apontado como um dos principais indicadores da economia, muitos analistas afirmam que o PIB “é como olhar para uma foto antiga”, ou seja, é um registro de algo que já passou e que pode estar em uma situação diferente no momento em que o número é divulgado. Também há quem aponte a falta de dados para analisar o desempenho econômico como um todo. Mesmo sendo uma referência relevante, o indicador não mostra fatores importantes, como a distribuição de renda, a qualidade de vida e números que traduzam contextos de acesso à educação ou ao sistema de saúde. A despeito das restrições ou críticas, o PIB é fundamental para se projetar o potencial de crescimento ou retração da atividade econômica e quais os efeitos destes movimentos na vida das pessoas.
Fonte: Jovem Pan