A Reforma Tributária tem como objetivo preservar o Simples Nacional e apoiar as micro e pequenas empresas. No entanto, o setor está negociando com o governo o aumento do limite desse regime. Joseph Couri, presidente do Simpi, destaca os desafios enfrentados pelas empresas na obtenção de crédito, de acordo com uma pesquisa nacional realizada pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo. Couri afirma: “A grande incerteza em relação ao futuro dessas empresas é qual política será adotada para garantir acesso ao crédito. Atualmente, apenas 3% das empresas estão conseguindo acessar o Pronampe, que é uma linha de crédito maravilhosa, mas que não chega aos empreendedores”. Ele explica também que o pessimismo em relação à inflação diminuiu de 54% para 42%, mas 47% das micro e pequenas empresas enfrentam dificuldades para fechar o mês. No entanto, quase metade do setor acredita em uma melhoria no cenário durante o segundo semestre. “O Simples Nacional não é uma renúncia fiscal, mas sim um sistema tributário. Quando falamos em desoneração da folha, geralmente nos referimos às grandes empresas. É claro que vemos isso como uma forma de proporcionar condições competitivas equitativas para as empresas, beneficiando o trabalhador, a empresa e o governo. A grande questão é o momento certo: se deve ser tratado na reforma tributária ou em um contexto separado”, afirma o presidente do Simpi. Couri destaca ainda que os recursos destinados pelo setor ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais foram aumentados de R$ 60 mil para mil salários mínimos, o que claramente representa um entrave financeiro para as micro e pequenas empresas em suas ações junto ao Carf.