Liberação de cargas no Porto de Santos fica mais lenta e afeta comércio internacional brasileiro

A liberação de cargas no Porto de Santos —o maior da América Latina em volume, que representa aproximadamente 28% de todo o comércio internacional brasileiro — se transformou numa dor de cabeça para os agentes que trabalham no setor. O terminal que fica no litoral do Estado de São Paulo tem lentidão devido à operação padrão promovida por auditores da Receita Federal. Mercadorias importadas que antes levavam entre 48 horas e 72 horas para serem desembaraçadas, agora enfrentam uma demora de 60 a 90 dias. O envio dos carregamentos para fora do país também está sendo duramente afetado, o prazo de até dois dias para liberação saltou para mais de 30.

O diretor da Federação Nacional dos Despachantes Aduaneiros, Valdir dos Santos, diz que os prejuízos são enormes. “Hoje, estamos tendo em médio um prejuízo diário que chega de R$ 300 mil a R$ 500 mil com essa paralisação por parte da Receita Federal”, afirma. O presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal em Santos, Elias Carneiro Júnior, prevê um agravamento da situação porque o governo não abriu diálogo com a categoria e enumera as reivindica: “Primeiro, a regulamentação da legislação que trata da produtividade dos auditores fiscais da Receita Federal. Segunda questão, a ausência de concurso público há mais de oito anos, que nós estamos pedindo que seja realizado para poder pelo menos suprir a necessidade dos colegas das fronteiras brasileiras; e o terceiro aspecto foi um violento corte de 50% que nós sofremos, do nosso orçamento da Receita Federal”, diz.

O atraso nas liberações é sentido no bolso dos consumidores. Esse cenário é visto porque o acréscimo no valor das mercadorias é inevitável. Além disso, a entrega de matérias-primas e insumos para as linhas de produção das fábricas também é prejudicada. Com isso, aumenta o risco de desabastecimento e falta de produtos nas prateleiras. “Em determinados pontos de produtos, nós estamos observando também a dificuldade na liberação desses produtos, junto as alfandegas. Então, nós temos já linhas de produções das empresas paralisadas”, comentou Valdir dos Santos. A Receita Federal informou que não se manifesta sobre greve ou mobilizações.

 

 

fonte Jovem Pan

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