Quem está endividado deve optar pelo parcelamento. Domingos lembra, porém, que se deve evitar ao máximo recorrer a empréstimos, limites do cheque especial ou qualquer outra maneira de crédito do mercado financeiro, pois isso pode se tornar problema no futuro, devido aos juros altos cobrados pelas instituições financeiras.
Nos casos em que o contribuinte tem uma reserva financeira, o educador ressalta que esses recursos poupados precisam ser maiores que o valor do imposto. “Claro que a vantagem sempre será maior que uma rentabilidade de aplicação financeira de renda fixa, uma vez que nenhuma delas rende 3% ao mês. No entanto, é preciso que a reserva financeira seja superior ao valor do imposto para não se correr o risco de ficar sem nenhuma quantia de emergência no futuro”, pondera.
O pagamento em cota única é indicado, segundo Domingos, quando o proprietário do imóvel ou do veículo tem uma situação mais confortável. “Recomento pagar de uma vez só quando a pessoa tem pelo menos dez vezes do valor do imposto guardado. Estamos ainda em uma pandemia, uma situação de vulnerabilidade empregatícia. As reservas financeiras precisam ser boas para manter outros compromissos e necessidades que podem surgir ao longo do ano.”
IPVA no estado de São Paulo
O pagamento do IPVA em São Paulo começa nesta quinta-feira (7) para proprietários de veículos com placa final 1. Quem optar pelo pagamento da cota única terá 3% de desconto. Também é possível deixar para pagar tudo em fevereiro, mas, nesse caso, não haverá redução no valor devido.
O imposto neste ano está, em média, 6,7% mais barato no estado. Para saber o valor do imposto, basta acessar o portal da Secretaria de Fazenda e informar o número do Renavam e placa do veículo. Outra opção é consultar pela rede bancária, nos terminais de autoatendimento, internet banking e aplicativos de celular disponibilizados pelos bancos.
Atualmente, São Paulo tem aproximadamente 26 milhões de veículos. Desses, 17,8 milhões estão sujeitos ao recolhimento do IPVA e 7,6 milhões estão isentos por terem mais de 20 anos de fabricação. Cerca de 618 mil são considerados isentos, imunes ou dispensados do pagamento (como taxistas, pessoas com deficiência, igrejas, entidades sem fins lucrativos, veículos oficiais e ônibus/micro-ônibus urbanos).