No domingo, 11, um dos socorristas que encontrou as crianças colombianas perdidas na Amazônia por 40 dias revelou que elas nunca perderam a consciência e se lembram de tudo. Segundo Henry Guerrero, membro da guarda indígena que participou do resgate junto com os militares, as primeiras palavras das crianças na selva foram “estou com fome” e “minha mamãe está morta”. Em declarações à imprensa em um hospital militar em Bogotá, onde as crianças estão se recuperando, Guerrero destacou que os quatro menores, mesmo a menina que não fala, não perderam a consciência e lembram-se de tudo. Ele também relatou que, quando foram encontrados, as crianças estavam desnutridas e fracas, passaram quatro dias no mesmo local com uma barraca improvisada e tinham alguns itens, como farinha, toalha, lanternas, celulares e roupas. O resgate foi possível graças aos conhecimentos tradicionais indígenas e rituais realizados pelos membros da comunidade, que avistaram as crianças pela primeira vez entre a vegetação. Apesar de estarem debilitados, os irmãos estão fora de perigo, recebendo tratamento médico com alimentos leves, atendimento psicológico e cuidados tradicionais indígenas. Fotos divulgadas pela mídia local mostram as crianças muito magras, e a mais velha possui um ferimento na testa. A operação de resgate foi concluída com sucesso, mas as buscas continuam por Wilson, o cão farejador que foi fundamental para encontrar pistas das crianças na selva e está desaparecido. Lesly e Soleiny, as crianças mais velhas resgatadas, fizeram um desenho retratando Wilson e a floresta, entregando-o aos oficiais do exército.
