Nesta quinta-feira, 20 de julho, o porta-voz de segurança da Casa Branca, John Kirby, anunciou que as forças ucranianas já estão empregando as bombas de fragmentação recebidas dos Estados Unidos no combate contra a Rússia, em um conflito que se estende há quase dois anos. Kirby afirmou que os soldados ucranianos estão usando esse armamento de forma eficaz, tendo um impacto nas formações e manobras defensivas das tropas russas.
As bombas de fragmentação, conhecidas como munições cluster, são proibidas em mais de 100 países, pois geralmente liberam diversas pequenas bombas que podem causar mortes indiscriminadas numa área ampla. Além disso, as munições não detonadas representam um perigo latente por décadas. A Ucrânia garantiu que usará essas bombas apenas para desalojar concentrações de soldados inimigos russos, mas a questão gerou discordância entre países aliados aos EUA.
O envio das bombas de fragmentação faz parte do pacote de ajuda de US$ 800 milhões fornecido pelos Estados Unidos ao país do Leste Europeu, liderado pelo presidente Volodymyr Zelensky. No entanto, essa decisão gerou controvérsia e críticas de alguns países aliados. O premiê britânico, Rishi Sunak, expressou sua oposição, citando a convenção que proíbe a produção ou uso desse tipo de armamento.
Mesmo o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou a medida, alegando que o fornecimento dessas bombas de fragmentação à Ucrânia pode colocar o mundo em risco de uma Terceira Guerra Mundial. Em sua declaração, Trump afirmou que o atual presidente, Joe Biden, deveria estar buscando acabar com o conflito e evitar mais mortes e destruição causadas por ações imprudentes.
A decisão de Kiev de utilizar as munições cluster pode intensificar ainda mais o conflito, especialmente após a suspensão do acordo de grão, com os portos se tornando alvos principais nos últimos dias. O presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou responder caso a Ucrânia utilize esse tipo de bomba fornecido pelos Estados Unidos, afirmando que seu exército possui uma “boa reserva” dessas munições e que se reserva o direito de adotar represálias caso necessário.
O uso das bombas de fragmentação por ambas as partes no conflito está gerando preocupações entre a comunidade internacional, enquanto o embate entre Ucrânia e Rússia continua agravando as tensões na região.
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