A explosão da barragem na represa de Kakhovka, localizada na Ucrânia e sob controle da Rússia, causou preocupações em relação a um possível risco de catástrofe nuclear, uma vez que a usina nuclear de Zaporizhia, a maior da Europa, está a 150 quilômetros de distância e depende da água da represa para resfriar os núcleos dos reatores, mesmo estando desligados no momento. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou que não há perigo imediato e seus especialistas estão monitorando a situação. No entanto, o jornal ucraniano ‘The Kyiv Independet’ reportou que a segurança atual da usina se baseia em uma lagoa de resfriamento específica, alertando que em caso de qualquer incidente, pode ocorrer uma catástrofe nuclear maior do que a de Chernobyl. De acordo com a Energoatom, a empresa nuclear estatal, atualmente há água suficiente e a lagoa pode suprir as necessidades da usina por alguns meses. No entanto, a usina de Zaporizhia está localizada em uma área ocupada pelas forças russas desde a invasão de fevereiro de 2022. O diretor da usina, Yuri Chernichuk, nomeado pelos ocupantes russos, afirmou que “atualmente não há ameaças” para a segurança da instalação. A barragem de Kakhovka foi destruída na manhã de terça-feira, resultando em inundações em vários municípios. Cerca de 80 cidades correm o risco de serem atingidas, levando à evacuação de milhares de pessoas no sul do país. A usina de energia elétrica vinculada à represa também foi totalmente destruída, de acordo com a Ukrhydroenergo, operadora ucraniana. Estima-se que o reservatório deixará de existir em dois a quatro dias, com o pico das inundações previsto para quarta-feira, 7 de junho. As autoridades ucranianas informaram que 24 localidades já foram inundadas e mais de 17 mil pessoas foram retiradas das áreas afetadas. Além disso, cerca de 40 mil pessoas podem estar em áreas inundadas, sendo mais de 25 mil civis no território controlado pela Rússia. Um funcionário nomeado pelos russos na região de Kherson, que está sob seu controle, anunciou a retirada de aproximadamente 900 pessoas das áreas ocupadas próximas ao rio Dnieper. A autoria do ataque à barragem ainda não foi confirmada, e Rússia e Ucrânia estão trocando acusações a respeito.
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