Brasil e Venezuela revisam plano de trabalho para retomar cooperação

Os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e da Venezuela, Yván Gil, analisaram nesta segunda-feira, em Buenos Aires, o plano de trabalho conjunto a ser iniciado por ambos os países após o reatamento das relações no dia 1º de janeiro, com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Presidência do Brasil. O chanceler venezuelano explicou, em mensagem no Twitter, que a reunião ocorreu em meio aos preparativos para a 7ª Cúpula de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que será realizada nesta terça-feira, 24, na capital Argentina. Gil descreveu a reunião como “fraterna” e disse que discutiu “o plano de trabalho para iniciar o percurso [de] cooperação” entre os países. Além disso, destacou que “bons tempos começaram” nas relações bilaterais, quebradas desde 2019, quando o então presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL), reconheceu o líder da oposição Juan Guaidó como o “presidente legítimo” da Venezuela.

Também na Argentina, Lula afirmou que, no seu novo governo, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai voltar a financiar o crescimento de países vizinhos. “O BNDES vai voltar a financiar as relações comerciais do Brasil e vai voltar a financiar projetos de engenharia para ajudar empresas brasileiras no exterior. E para ajudar que países vizinhos possam crescer e até vender resultado desse enriquecimento para países como Brasil (…) O Brasil parou de compartilhar a possibilidade de crescimento com outros países”, disse o presidente. Ele ainda justificou a medida dizendo ter orgulho de quando a instituição financiava ações de países da América do Sul e da África: “Porque é isso que os países maiores têm que fazer, tentando auxiliar os países que têm menos condição em determinado momento histórico”. O uso do BNDES para tais funções promoveram um agigantamento de instituição nas gestões petistas passadas e foram alvo de muitas críticas pela oposição, bem como de ações da Operação Lava Jato, para apuração de casos de corrupção. As medidas foram encerradas no governo Temer (MDB).

fonte Jovem Pan

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