Será entregue nesta terça-feira, 31, o último Boeing 747, avião que democratizou o transporte aéreo. A aeronave também é conhecida como “jumbo e rainha do céu”. Milhares de atuais e antigos funcionários, clientes e fornecedores da fabricante de aeronaves são esperados para assistir à entrega do avião, um cargueiro 747-8, à Atlas Air na fábrica de Everett, no noroeste dos Estados Unidos, às 18h. As pessoas podem acompanhar ao vivo neste link. A Boeing, que transportou presidentes dos Estados Unidos e sempre se distinguiu por sua corcova na parte frontal da fuselagem – foi o primeiro avião com dois corredores. O 747 continuou sendo o maior avião do mercado até a chegada do Airbus A380, nos anos 2000. Nesta terça, ele vira uma página importante da Aviação Civil, ao deixar de fabricar o avião, mais de 50 anos depois de seu primeiro voo e da construção de 1.574 exemplares. A Boeing anunciou no verão de 2020 que interromperia sua produção em 2022, embora vá continuar voando por algumas décadas, especialmente em sua versão de carga.
O 747 tem sido o avião dos presidentes americanos desde 1990 e continuará com a Casa Branca ainda por vários anos, já que dois exemplares estão sendo modificados para substituir o Air Force One atualmente em serviço. Graças ao seu tamanho, alcance e eficiência, o 747 “permitiu que a classe média se aventurasse para fora da Europa, ou dos Estados Unidos, com passagens cada vez mais acessíveis, mesmo durante a crise do petróleo dos anos 1970”, disse Michel Merluzeau, especialista em aviação da empresa AIR. As companhias, como a Qantas e a British Airways, estão gradualmente eliminando estes aviões das suas frotas. Nos Estados Unidos, nenhuma empresa o utilizada desde o fim de 2017. A história do 747 começou na década de 1960, quando o transporte aéreo se popularizou, e os aeroportos tiveram de enfrentar um aumento do tráfego. A pedido da Pan Am, a Boeing decidiu construir um avião que pudesse transportar muito mais passageiros.