Dicas simples para prevenir a dor insuportável no ouvido neste verão
Dr. Alexandre Colombini é Otorrinolaringologista, formado pelo renomado Instituto Felippu e Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial – ABORL-CCF. Suas áreas de atuação: Otorrinolaringologia clínica e cirúrgica com enfoque nas patologias nasais, cirurgia endoscópica, ronco e apneia.
Como se não bastasse o COVID-19 este ano, agora começam as temporadas de doenças que chegam com a nova estação, entre elas, conjuntivite, Chikungunya e Zika, dermatoses diversas, isolação e Otite (infecção do ouvido).
Sim! Aquela dor incômoda no ouvido, devido o excesso de umidade (muitas vezes causada pelos mergulhos de piscina, mar, cachoeira), pode trazer consequências ruins se não for tratada adequadamente, e claro, não só para crianças, os adultos estão na lista dos afetados.
Dr. Alexandre Colombini, otorrinolaringologista, explica que todos os anos, as consultas triplicam a partir de dezembro em seu consultório quanto nos hospitais que atende. A causa do crescimento são as queixas dos sintomas como entupimento, dores constantes, sensação de água no ouvido e surdez temporária.
O diagnóstico? A famosa Otite Externa ou de Verão, que é uma doença causada por bactérias e fungos que geram inflamação ou obstrução e que está diretamente atrelada ao canal responsável por ligar nossa orelha ao tímpano. É uma infecção no canal auditivo externo que pode comprometer a porção mais externa da membrana do tímpano até o pavilhão auricular, comumente chamado de orelha.
“Chamamos de ouvido de nadador, pois os sintomas são comuns no verão, onde as pessoas praticam mais atividades aquáticas. Trata-se de uma inflamação grave devido ao excesso de umidade e também de traumas causados nos ouvidos pelo uso recorrente e errado, por exemplo, de cotonetes. A água, em contato com a cera, gera uma hidratação extra no ouvido, por isso, dá essa sensação de estar cheio de líquido. Quando a pessoa tenta retirar a água, acaba retirando a cera também (proteção do canal auditivo), consequentemente deixar a região exposta para promoção de germes e bactérias”, explica Colombini.
Seguem as dicas de prevenção:
Praia e piscina: procure se proteger durante os mergulhos. Use protetores de silicone nas orelhas se possível, principalmente, as pessoas que já tiveram Otite.
Alerta: Não utilize hastes flexíveis (cotonetes) e nem objetos ponte agudos em suas orelhas. Esses objetos retiram grande quantidade a cera do ouvido ( que é a proteção). Além disso, não use medicamento ou receitas caseiras, como óleo quente na região. Esses procedimentos prejudicam muito a integridade desse importante órgão, que é o ouvido.
Higiene Correta: Ao sair do banho, enxugue o ouvido com a ponta de uma toalha. Isso evita o excesso de umidade.
“ Infelizmente, o brasileiro, muitas vezes, só vai ao médico quando está em estado grave. O ideal é procurar ajuda médica já nos principais sintomas, pois é a melhor maneira de evitar complicações mais sérias”, finaliza o especialista.