Em São José do Rio Preto (SP), o Gabinete de Dança desenvolve há duas décadas aulas de dança do ventre apropriadas para cada faixa etária. Desde crianças até terceira idade. De acordo com Carol Jianjulio, que é bailarina e coreografa há 25 anos, além de proprietária do Gabinete de Dança, a dança do ventre é uma arte completa, que para ser bem executada é necessário entender e estudar a história e a cultura de seu povo. “As aulas para crianças são lúdicas, divididas entre exercícios e danças. Atendemos as necessidades físicas e psíquicas de cada grupo de alunas, sem pular nenhuma etapa”, afirma ela.
Carol conta que tem alunas de 3 até 79 anos. “Em todas as minhas turmas trabalho autoestima, companheirismo e interação. No caso de crianças, os benefícios completares são correção da postura física, desenvolvimento da coordenação motora, ajuda ao próximo, musicalidade, memorização e outros. “As aulas infantis são gratificantes. As minhas princesas, como chamo carinhosamente minhas alunas, sabem que têm capacidade e potencial para aprender e aprimorar a cada dia os movimentos”.
A coreografa esclarece que atualmente há no mercado de trabalho profissionais que ensinam a dança do ventre, mas que nem todos são capacitados para trabalhar especificamente com o público infantil. “É importante ministrar as aulas com movimentos adequados para cada faixa etária. O objetivo não é transformar a criança em uma miniatura de um adulto. Por isso, jamais a dança do ventre trabalhada de maneira adequada com crianças irá incentivar movimentos sensuais”, afirma Carol, ressaltando que bailarinas que já se formaram na faculdade iniciaram as aulas de dança com 4 anos. “Nunca tivemos problemas ou alguma ocorrência dessa natureza”. Juliana Fructuoso, mãe da Luiza, de 7 anos, que é aluna de dança do ventre do Gabinete de Dança, afirma que não vê a dança como erótica. “Minha filha pratica dança do ventre desde os 4 anos. Ela se sentiu atraída pelo ritmo das músicas e brilho das roupas e assessórios. Os movimentos que Luiza aprende são de acordo com a sua faixa etária, sem incentivar a sexualidade”. A mãe ressalta ainda que, além de desenvolver a coordenação motora e boa postura corporal, a dança incentiva o conhecimento de novas culturas.
A duração da aula de dança do ventre é de uma hora e 30 minutos. Segundo Carol, as crianças nas primeiras aulas já aprendem que dançar é uma arte e que serão realizados shows em teatros, apresentações para familiares, além de oportunidades para trabalhar a solidariedade por meio de projetos sociais.
E por falar em trabalho solidário, Carol desenvolve um projeto na Clínica Godoy com o Grupo ‘Convivendo com Linfedema’. São aulas de dança do ventre que, além de elevar a autoestima da mulher, traz alongamentos, flexibilidade e musicalidade. O grupo existe há 4 anos e é dirigido pelos médicos José Maria Pereira Godoy e Fátima Godoy. As integrantes fazem parte de um projeto voltado ao tratamento de câncer e linfedema, por meio de terapia ocupacional e obras assistenciais. “A dança do ventre entrou no grupo como reeducação física, por meio de alongamentos, e dança propriamente dita. Resgata a autoestima que muitas mulheres perderam por conta da cirurgia e inchaço dos braços”. A coreografa explica que o olhar no espelho e ver seus movimentos com toda a magia e colorido das roupas faz com que as alunas cheguem alegres e animadas para as aulas. “As apresentações do grupo complementam o processo para o resgate da autoestima e reafirmação, como mulher, apesar do linfedema. Sou muito grata e realizada por ministrar essas aulas na clínica”, finaliza Carol.
Gabinete da Dança by Carol Jianjulio
(17) 98114-8797
Rua Silva Jardim, 2298 – Boa Vista
São José do Rio Preto