Por: kedson Barbero soluções em arquitetura
Brises são elementos arquitetônicos capazes de ajudar a controlar a insolação nas construções, é essencial para um projeto de fachada funcional e sustentável.
Com o clima cada vez mais extremo os brises cumprem papel essencial pois cria ambientes internos agradáveis em termos de luz, sombra e ventilação.
As brises podem também ser móveis ou fixas. No caso das móveis, há a possibilidade de deslocamento da estrutura para melhor atender as necessidades instantâneas da construção.
Desde a década de 1930 a brise passou a fazer parte da paisagem construída brasileira. Geralmente utilizadas em construções que precisam de um aproveitamento eficiente da iluminação natural e bloqueio da incidência direta de luz solar.
Utilizar brises nas fachadas das edificações pode trazer inúmeras vantagens para os usuários e até para o meio ambiente, como eles protegem a fachada contra a radiação solar, também funcionam como uma proteção térmica, bloqueando o aumento da temperatura no interior da construção. Além disso, esse tipo de elemento aumenta a privacidade, pois impede que quem está fora consiga observar o que acontece dentro do edifício.
Consequentemente, os brises deixam os ambientes mais confortáveis, reduzem a necessidade de ar condicionado, ajudam a economizar energia elétrica e valorizam a estética da construção. Existem dois tipos de brises: os horizontais e os verticais, que podem ser fixos e móveis. O primeiro é mais utilizado em fachadas , que têm sol o dia todo. Já o segundo é indicado para as fachadas que ficam de frente para as faces leste e oeste, que recebem o sol da manhã e o da tarde, respectivamente.
Como o próprio nome já diz, os brises fixos são presos na fachada e são mais recomendados para projetos comerciais, pois evitam a movimentação das lâminas. Já os móveis têm o formato flexível, permitindo que a posição seja mudada de acordo com o movimento do sol ou a necessidade de privacidade. São mais recomendados para projetos residenciais.
Se o brise comum já é um tipo de fachadas sustentáveis, o vegetal é ainda mais, pois consome até 80% da luz solar para evaporar a água.
Os brises vegetais convertem 90% do calor acumulado nas paredes. Isso gera grande economia de eletricidade, pois diminui o uso do ar condicionado. Inclusive, eles são muito mais eficientes que os de alumínio, pois consomem energia solar durante o processo de fotossíntese, em vez de acumulá-la.
Além disso, a renovação é constante e reduz a necessidade de pintura nas fachadas. Os brises vegetais também contribuem com a diminuição da poluição, melhoram a qualidade e umidade do ar, promovem isolamento acústico e trazem de volta a beleza e o verde aos centros urbanos.
Outra grande vantagem é que essa vegetação criada com o brise vegetal vai refrescar no verão e aquecer no inverno, se as plantas utilizadas forem apropriadas.
Para que o brise vegetal cresça, o recipiente recebe terra especial, mais leve e durável. Nesses cochos são plantadas espécies do tipo trepadeiras e tropicais.
A manutenção consiste em garantir que a vegetação receba água em quantidade adequada. O método exige fertilização e irrigação automatizadas, que necessitam de pouca manutenção.
O usuário deve conferir apenas se o sistema está em funcionamento, pois pode ocorrer entupimento ou falta de água. Eventualmente, as plantas podem necessitar de podas, principalmente na frente de janelas.
As brises e fachadas ventiladas
Fachadas ventiladas e brises são elementos complementares que oferecem inúmeros benefícios para os usuários.
Basicamente, fachadas ventiladas são sistemas em que as placas são fixadas por uma estrutura metálica, ocupando o lugar do tradicional reboco.
A flexibilidade arquitetônica é uma vantagem, por não haver qualquer limitação de altura ou tamanho nas placas que as formam.
Aliás, o sistema de fixação é mais simples que o aderido, pois não necessita a aplicação de chapisco, rejunte, argamassa colante ou emboço.
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