A Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO) anunciou nesta quarta-feira, 30, que o robô explorador da Índia, o Chandrayaan-3, confirmou a presença de elementos como enxofre, oxigênio e outras substâncias no polo sul da Lua. A descoberta foi realizada por meio do instrumento de Espectroscopia de Decomposição Induzida por Laser (LIBS) a bordo do rover. Esta medição “in-situ” é um marco importante, já que as medições anteriores feitas por instrumentos a bordo de orbitadores não haviam conseguido confirmar a presença de enxofre na região.
Além do enxofre, a análise espectrográfica também identificou a presença de alumínio, cálcio, ferro, cromo, titânio, silício, manganês e oxigênio na superfície lunar. O robô Pragyan, que significa “sabedoria” em sânscrito, é equipado com seis rodas e funciona com energia solar. Ele continuará explorando o polo sul da Lua, transmitindo imagens e dados ao longo das próximas duas semanas.
A Índia recentemente alcançou um marco histórico ao se tornar o primeiro país a pousar uma nave espacial nas proximidades do polo sul lunar, tornando-se a quarta nação a realizar um pouso lunar bem-sucedido. A Índia tem se destacado por seus programas espaciais ambiciosos com custos relativamente baixos em comparação com outras nações espaciais.
Embora o país tenha enfrentado desafios no passado, como o fracasso de uma missão lunar há quatro anos, a missão Chandrayaan-3 tem sido amplamente aclamada desde o seu lançamento, quase seis semanas atrás, mesmo após um acidente envolvendo uma nave russa na mesma região. Em 2014, a Índia se tornou o primeiro país asiático a inserir uma nave na órbita de Marte. Para os próximos anos, a ISRO tem planos ambiciosos, incluindo o lançamento de uma missão tripulada à órbita da Terra, uma sonda lunar em parceria com o Japão e uma missão orbital a Vênus.
