Reforma tributária domina a agenda política em Brasília

A semana da política em Brasília terá como pauta principal a discussão e votação da reforma tributária na Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), inclusive já havia antecipado que faria uma semana de esforços concentrados para análise da matéria, considerada uma das prioridades do governo Lula 3 para o 1º semestre do Legislativo. “A Câmara será convocada segunda, terça quarta e sexta para que essa discussão possa ter o maior prazo possível e esclarecimento e possamos fazer com a ajuda de todos o melhor texto para o Brasil”, disse o político alagoano, em 22 de junho. Em conversa com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Arthur Lira também reforçou os temas terapêuticos que devem ser tratados. Além da reforma, também compõe a pauta da Câmara o texto do arcabouço fiscal, que voltou do Senado com alterações, e o projeto do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o Carf. “Combinamos um esforço concentrado”, disse. Neste domingo, 2, Lira se encontrou com lideranças da Câmara para tratar sobre as principais votações. Antecipando uma semana de debates, um ato da Mesa Diretora da Casa também cancelou as reuniões das comissões nesta semana, incluindo audiências públicas com ministros, como Flávio Dino (PSB-MA), que aguardava na Comissão de Segurança Pública, e Camilo Santana ( PT-CE), que iria à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. A semana da Câmara dos Deputados reserva sessões deliberativas todos os dias, de segunda a sexta-feira, 7. Habitualmente, as sessões deliberativas acontecem apenas entre terças e quintas-feiras. A ordem das matérias na pauta começa com o Carf; discussão do projeto que institui o Programa Escola em Tempo Integral; o texto do arcabouço fiscal com as mudanças do Senado Federal; e por último a reforma tributária, com texto de relatoria do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP). Já no Senado Federal, o destaque da semana será para o depoimento do tenente-Coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na CPMI do 8 de Janeiro. “O Tenente-Coronel é alvo de inquérito da Polícia Federal por outros acontecimentos, no entanto, com a quebra do sigilo telemático pela PF foram descobertas mensagens de cunho golpista trocadas entre o ex-ajudante de ordens e o candidato ao deputado estadual Ailton Barros (PL -RJ), que ensejam suspeita de envolvimento com os atos”, afirma requerimento do deputado federal Rafael Brito (MDB-AL), um dos 13 documentos apresentados para a oitiva do coronel. Na terça-feira, 4, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado vai votar a indicação de Gabriel Muricca Galípolo para o cargo de diretor do Banco Central, assim como de Ailton de Aquino Santos. No Supremo Tribunal Federal (STF), por sua vez, uma semana não terá julgamentos, uma vez que já foi iniciado o recesso do Judiciário. No entanto, o prédio do Supremo estará aberto nesta segunda-feira, 3, para o velório do ministro aposentado José Paulo Sepúlveda Pertence, que morreu na madrugada deste domingo, 2, aos 85 anos. O velório de Pertence está marcado para acontecer a partir das 10 horas no Salão Branco do Supremo e enterro às 16 horas na Ala dos Pioneiros do Campo da Esperança. A agenda de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reserva uma nova viagem ao exterior, novamente em meio a uma semana reservado no Congresso Nacional. O presidente viaja na segunda para a participação na 62ª Cúpula do Mercosul e Países Associados, em Puerto Iguazú, na Argentina. Em seguida, o chefe do Executivo deve viajar para a Colômbia para um fórum de debates científicos sobre a Amazônia. Como o site da Jovem Pan mostrou, em seis meses de governo Lula 3, o presidente visitou 12 países, dando mais de duas voltas ao mundo.

 

fonte Jovem Pan

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