A 123milhas, envolta em controvérsias devido à suspensão das emissões de passagens de sua linha promocional, tomou a decisão de requerer recuperação judicial no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) nesta terça-feira, 29. A empresa confirmou o pedido em comunicado à Jovem Pan. No documento, a 123milhas justifica a medida como uma maneira de garantir o cumprimento de suas obrigações legais e expressa a crença de que a recuperação judicial proporcionará soluções mais ágeis.
A empresa destaca que o objetivo primordial desse movimento é honrar os compromissos com seus clientes, ex-colaboradores e fornecedores. O pedido de recuperação judicial busca centralizar todas as dívidas em um único âmbito judicial, com o propósito de agilizar acordos com todos os credores e, gradualmente, reequilibrar sua situação financeira. A 123milhas também assegura que está colaborando plenamente com as autoridades, fornecendo informações e esclarecimentos sempre que requisitados.
Além disso, a empresa reforça seu compromisso com a transparência e a ética, manifestando disposição em conjunto com seus gestores para criar medidas que possibilitem o pagamento de seus débitos, a recuperação de sua receita e, assim, continuar a contribuir com o setor turístico no Brasil.
A polêmica em torno da 123milhas começou em 18 de agosto, quando a empresa suspendeu a venda de pacotes e a emissão de passagens promocionais, impactando os clientes que haviam adquirido passagens com datas flexíveis da linha “Promo” para viagens programadas entre setembro e dezembro deste ano. A 123milhas comunicou que reembolsaria os clientes por meio de vouchers, que poderiam ser utilizados para pagamento de passagens, hospedagens e pacotes oferecidos pela própria empresa. A justificativa apresentada foi a persistência de desafios econômicos e de mercado, incluindo a alta demanda por voos, que manteve as tarifas elevadas mesmo na baixa temporada, e as taxas de juros elevadas. A empresa assegurou que seus outros produtos não foram afetados por essa decisão.