Por todas as nossas relações

Maicon Ribeiro – Psicólogo, Terapeuta e Instrutor de Processos de Consciência

Muitas vezes pensamos estar sozinhos, desamparados ou até mesmo nos sentimos incapazes perante a vida. Essas sensações são criadas em nossa infância, sustentadas em nossa adolescência e enquanto adultos mantemos elas por algum motivo.  Podemos olhar em profundidade para essas e outras questões através da análise de como nós estamos nos relacionando com os nossos próximos. Isso cria a Consciência do “Nós” enquanto sociedade.

                Existe uma declaração entre os índios norte americanos Lakotas que diz: “Aho Mitakuye Oyasin” que significa “Por todas as nossas relações”, que nos traz a reflexão de que o meio em que nós vivemos é a base de nosso desenvolvimento pessoal, emocional e espiritual. Nas tribos existem as organizações e cada um tem seu papel e valor reconhecido e o interesse coletivo se torna maior que o individual. Essencialmente o Ser humano está programado para viver com o outro, porém, em nossa realidade estamos com formatações equivocadas de como organizar, manter e nutrir essas relações de uma forma saudável.

                Um possível agravante, é que hoje existe a perda desse conceito chamado “espírito de tribo” (da sensibilidade, empatia e preocupação com o outro e com o coletivo) e cada vez mais estamos entregues ao EU (Ego). Como consequência, nos tornamos cada vez mais voltados a sentimentos de sobrevivência como: competição, comparação, julgamentos, algo que foi nos colocado em algum momento como sinônimo de força criando a crença que “o mais forte ou melhor é aquele quem sobrevive” – e se fosse na verdade o que mais se  adapta aquele quem sobrevive? Podemos valorizar a nós mesmos sem nos perder enquanto sociedade e talvez a resposta para nosso bem-estar seja conseguir administrar esses dois fatores com equilíbrio.    

                O sociólogo polonês Zygmunt Bauman nos traz um conceito que posteriormente se torna seu livro chamado “Sociedade Liquida”, no qual nos faz refletir sobre nosso mundo estar se tornando fluído, expansivo e conectado, porém ao mesmo tempo a sociedade se manifestando com relações mais rasas e superficiais.  Podemos nos questionar: quais são as nossas superficialidades hoje? Quais são os nossos pensamentos, sentimentos e ações superficiais que estamos mantendo?

                Vamos nos lembrar o que é raso não se faz duradouro, não há tantas projeções de alcance ou potência e como sustentar esse raso das nossas relações mediantes a tantas opções hoje de trabalho, amizades, parceiros amorosos e afins? Vamos criando uma resistência de mergulhar em profundidade e muitas vezes pelo nosso próprio medo e por falta de inteligência emocional, o equipamento necessário para lidar com esse profundo das nossas relações.   

                Diante da tecnologia atual cria-se também essas relações de poucos caracteres e o virtual passa a se tornar mais importante que o real devido a nossas próprias rotinas e a valorização do TER se torna maior que o SER.

                Verdade que queremos nos perder no piloto automático a cada dia na fantasia do mundo virtual como real? Verdade que a natureza do nosso Ser é o egocentrado, individualista, ganancioso, arrogante, insensível a ponto de continuarmos escolhendo esse caminho?

No final, são apenas escolhas – como você escolhe se relacionar e quem você escolhe Ser hoje?

Um grande abraço fraterno.

 

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